A MENSAGEM VIOLENTA É A VIOLÊNCIA DA MENSAGEM
Qualquer mensagem violenta
comporta em si duas componentes indissociáveis: o significante que é o suporte
físico capaz de causar dano e o significado que é o dano ou valor retirado ao
receptor da mensagem. Sem estas duas componentes, não há mensagem, não há
violência de mensagem. O suporte físico do dano a causar, deve ser apropriado
pois, de outro modo verifica-se uma distorção da comunicação violenta. O
emissor da mensagem violenta, tem de conceber a ideia de que com o significante, ou seja, o suporte físico
inerente á mensagem violenta, que vai emitir; consegue no receptor um
significado, dano ou a perca de valor préviamente planeada. Sem isso, não há
mensagem, não há violência. Por exemplo, se um marido coloca a mão na face de
sua esposa a fim de lhe fazer uma caricia e ela se queixa que foi magoada: Que
pode ter acontecido? O marido, reconhecendo na sua mão o significante,
desconhece o significado de que por a esposa ter uma abcesso dentário está mais
sensivel e ficará magoada. A esposa terá que conceber no gesto do marido a intenção da a magoar. As distorções comunicacionais ao nível da mensagem são
muito frequentes. A intersubjectividade do sujeito e do objecto, ou seja, do
emissor e do receptor, são os principais factores de erro ao nivel da mensagem
violenta. De facto, qualquer pessoa tem um mundo interior impossível de
conhecer na sua totalidade. É a mensagem violenta que quando emitida, causa a
violência da mensagem.